Qual é o papel e a importância do lutador na sociedade?

Tempo de leitura: 3 min

em maio 21, 2021

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Qual é o papel e a importância do lutador na sociedade?

Hoje, ao invés de compartilhar minhas experiências pessoais, quero convidar você a refletir junto comigo. Na verdade, quero a sua opinião sobre qual é a importância do lutador na sociedade, se é que ele tem alguma importância.

Então, peço que aceite meu convite, reflita comigo e no final, compartilhe sua visão sobre o assunto.

Artes marciais e esportes de combate

Muitos acreditam que as artes marciais surgiram, rigorosamente, antes dos esportes de combate. Porém, existem evidências que sugerem a prática de uma forma de wrestling na era do bronze pelos egípcios, ou seja, por volta de 3.300 anos antes de Cristo.

Formas de boxe e de wrestling se desenvolveram em várias civilizações ao redor do mundo, muitas vezes em paralelo a artes marciais com o propósito de combate.

Esses esportes de combate serviam principalmente como disputas ritualísticas, sendo partes de festivais culturais, e como entretenimento.

Portanto, a visão do lutador como ‘entertainer’ (não encontrei palavra em português que pudesse dar este mesmo sentido ao que eu quero dizer) não é algo recente.

E isso mostra que o surgimento dos esportes de combate não ocorreu necessariamente como uma derivação das “artes marciais tradicionais”

Quem é o lutador?

A imagem dos gladiadores, que davam a vida para entreter multidões no império romano, é um exemplo clássico de “esporte” de combate utilizados com o intuito de entreter.

A impressão que tenho é que, como ‘entertainer’, o lutador só vale alguma coisa enquanto está em atividade e vencendo. Derrotas e aposentadoria são uma espécie de morte simbólica. Seus feitos são lembrados, mas a percepção do público que o aplaudia é que ele já cumpriu a sua função na Terra.

Porém, os esportes de combate não surgiram apenas com este propósito.

Algumas práticas são partes de rituais e festivais culturais que simulavam o combate de forma controlada. Para isso, seus participantes lutavam e lutam seguindo regras que tornam a disputa não letal.

Podemos observar isso em lutas indígenas e algumas formas antigas de wrestling surgidas em várias partes do mundo.

Nestas práticas, tradicionalmente, os lutadores eram as pessoas responsáveis pela segurança de sua comunidade, e inspiravam os membros de sua sociedade com suas habilidades.

Os esportes de combate atuais

Se ignorarmos as diferenças de regras entre os diversos esportes de combate, podemos dividi-los entre amadores e profissionais.

O lutador profissional é motivado por uma recompensa financeira. Porém, na mente de cada lutador, o dinheiro pode estar acima ou abaixo da conquista de um título mundial, por exemplo. Esta é uma questão muito individual.

Já nas modalidades amadoras, o lutador é motivado por um desejo de se tornar o melhor daquela modalidade. Não há garantia de que ele conseguirá se manter financeiramente com esta atividade.

Mesmo assim, muitos se dedicam por anos a atividade de lutador.

O que motiva o lutador a arriscar sua saúde física e mental para se colocar em disputas com outros lutadores pode ser assunto para outro artigo. Minha reflexão aqui é sobre qual é a importância do lutador na sociedade.

Por que eventos amadores e profissionais de lutas são realizados? Apenas para entretenimento, ou existe algum sentido maior nisso?

Qual é a real importância do lutador? Qual valor ele tem perante a sociedade ao parar de competir?

Você já pensou nisso alguma vez? Qual é a sua conclusão sobre o assunto?

Gostaria de saber o que você pensa sobre o assunto. Convido você a deixar um comentário para que eu conheça a sua visão. Até a próxima!

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10 Comentários

  • Carlos Miguel Munhoz Arrieta disse:

    Osu! Bom dia Sensei Ewerton! Em minha opinião, infelizmente, as pessoas vêm o lutador como uma mera atração……a ser vista, admirada ou odiada e depois esquecida ou lembrada…embora pratique Karate Kyokushin, não incentivo meus alunos a participarem de competições, se algum se interessa, presto todo o suporte….mas, deixando claro, que é preciso ter uma consciência profunda do que se está fazendo….eu mesmo, tenho 4 dentes a menos (quebrados em campeonatos) nem sei quantas vezes quebrei as costelas….dedos quebrados…coluna lesionada, ligamentos rompidos ou lesionados….E tudo isso foi em busca de objetivos duvidosos….hoje em dia, me pergunto se valeu a pena…E a resposta é: sim…..pois, posso auxiliar meus alunos a fazerem escolhas conscientes, treiná-los com muito mais conhecimento e recursos…E principalmente agora respondendo a sua pergunta: tendo noção de que ser um lutador é diferente de estar competindo….nosso tempo como competidor tem prazo de validade….mas nosso tempo como lutador para ser pessoas úteis e dignas será como diz o Dojo Kun: treinaremos firmemente o nosso coração e o nosso corpo….durante toda a nossa vida….Osu!

    1. Ewerton Teixeira disse:

      A grande verdade é que, por mais dedicação que um lutador tenha, ele está sujeito a uma série de fatores que não estão sob seu controle.
      Alguns podem chamar de sorte, outros de circunstâncias, mas para escolher o caminho de lutador é preciso estar ciente que as chances de dar errado são enormes.
      Mas como a vida é feita de escolhas, e às vezes essas escolhas geram frutos, surgem alguns casos de sucesso.
      Um grande abraço e obrigado pelo seu comentário!

  • Hugo Schmidt Neto disse:

    Bom dia Sensei Ewerton Teixeira

    Muito obrigado por essa leitura. Realmente, confesso, que nunca havia me debruçado sobre essa questão. Assim, com base nessa leitura, e a partir de uma reflexão inicial, percebo que os esportes de combate corporal são um espetáculo com o propósito de entreter o público. Contudo, em países onde artes marciais são parte da tradição, ainda vemos a luta como um espetáculo relacionado há um culto, por exemplo o muay thai na Tailândia. Lá, há um dia mundial do muay thai que é comemorado com eventos de lutas, além das comemorações do aniversário do rei que também são regadas a espetáculos de luta. Embora eu tenha usado a palavra “espetáculo”, a luta tem um simbolismo muito maior e um impacto profundo na alma de seu povo. Imagino que o próprio sumô, praticado no Japão, também tenha uma relação muito mais complexa que um simples espetáculo. Mas como disse acima, essa é só uma primeira reflexão.
    Muito obrigado Sensei por esse momento.
    Osu!

    1. Diogo Estrázulas disse:

      OSU! Bom dia sensei!
      Concordo com o Hugo, acredito que o lutador, assim como outros esportistas, tem essa função na sociedade de mostrar às pessoas que tudo é possível, que a superação do corpo, mente e espírito é possível, de motivar as pessoas. Quem nunca pensou em ser piloto ao ver o Senna ganhando, inspiração em Popó, e muitos outros. Nem todo mundo que se inspira em um lutador vai se tornar um lutador, seja amador ou profissional, mas muitos acabam conhecendo a arte marcial ou o esporte através dessas referências, e nós desse meio sabemos a importância da mentalidade que o esporte e a arte marcial tem em todas as outras áreas da vida de uma pessoa. Nós nos tornamos pessoas melhores, mais bem preparadas fisicamente também, mas principalmente mentalmente e espiritualmente, e muitíssimos de nós encontraram esse caminho a partir de alguma referência, normalmente um lutador ou esportista que nos inspirou.
      OSU!

      1. Ewerton Teixeira disse:

        Osu, bom dia Diogo!
        Me desculpe a demora para responder. Enfrentei alguns problemas com o site, mas felizmente agora estou de volta.
        É verdade, o esporte assumindo esse papel do mito do herói é realmente muito importante.
        Alguém que se dedica de corpo e alma em uma atividade que não oferece nenhuma garantia de que as coisas darão certo no final é algo a se inspirar, realmente.
        Muito obrigado pelo seu comentário, e um grande abraço!

    2. Ewerton Teixeira disse:

      Olá Hugo,
      Muito obrigado pelo seu comentário, e me desculpe a demora para responder.
      Enfrentei alguns problemas com o site, mas felizmente consegui voltar.
      Muito interessante os pontos em que você tocou.
      Acredito que tanto o aspecto do espetáculo quanto o de simbolismo acabam se misturando.
      Hoje em dia fica inviável realizar um evento de artes marciais excluindo a parte do espetáculo.
      O muay thai tem a parte da cultura e tradição, mas é financiado por apostadores. O sumô por fortes patrocinadores.
      Então, hoje em dia, a competição em si pode ou não ter um lado que vai mais para o cultural e filosófico, mas obrigatoriamente precisa do espetáculo.
      Mas isso também é apenas minha visão.
      Um grande abraço!

  • Carlos Miguel Munhoz Arriaga disse:

    Osu! Bom dia! Em minha opinião, os eventos de lutas são espetáculos, e isso, independente do que motiva cada pessoa a lutar. Acredito que minha opinião vai ser válida, pelo fato de eu ter competido, algumas vezes até contra atletas de alto nível, sem que eu mesmo estivesse em condições de fazer isso. Dependendo do meio em que vivemos, existe um incentivo na participação em campeonatos…e a pressão é tão forte que tomamos atitudes muitas vezes absurdas, eu mesmo cheguei a lutar em um campeonato Regional, estando com a mão quebrada e com pinos provisórios instalados na mão…culpa de meu professor? Minha culpa? Não sei…Mas, esse tipo de experiência foi extremamente válida, pois, jamais levei e nem levarei um aluno para competir, sem que ele possua o mínimo de condições físicas, técnicas e psicológicas. Eu acredito que o suporte que existe atualmente, promovido por profissionais sérios e com o devido conhecimento, como é o caso do Sensei Ewerton, podem minimizar os danos (físicos e psicológicos) aos atletas que competem, bem como melhorar muito suas performance. Proporcionando que aconteça o espetáculo da competição, mas que seja da forma mais correta possível. Osu!

    1. Ewerton Teixeira disse:

      Osu!
      Muito obrigado pelo seu comentário, e me desculpe a demora. Enfrentei alguns problemas com o site.
      Realmente, acredito que o incentivo à participação em torneios é válida, desde que o praticante esteja realmente preparado.
      Acho que pressionar quem visivelmente não quer participar não é uma atitude que alguém que se propõe a ensinar deveria ter.
      Enfim, é admirável você ter passado por isso e decidir não reproduzir com seus alunos. Sucesso e grande abraço!

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